Duas almas que se amam são um corpo único, e que têm o seu alfabeto próprio, legível somente para seus próprios olhos.
Tua alegria não mais me sublima,
tua esquizofrenia não mais me molesta.
fora espaço e tempo, sobramos em rima:
parte infísica, estranha e
funesta.
Há um perfeito sarau que nos habita
e em segredos nos consome,
contesta
nossos sentidos, sobre os quais
protesta...
em versos nos conclama, a alma
imita.
Esse amor só pode ser crível em poesia,
pelas trovas de nossos corpos se
explica
e o que se constrói é
incompreensível.
É um espectro filosofal de eus e não se conhecia
o quanto das nossas existências
replica,
tomando em termos dois, cria um, ilegível.
©Alexandre Tomé Ferreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário